sexta-feira, 27 de maio de 2011

Filme "O Palhaço"

Filme O Palhaço  é uma comédia dramática com direção de Selton Mello e participação do próprio Selton Mello como protagonista e outros atores como Paulo José, Teuda Bara, Fabiana Karla.
Com produção de Vânia Catani, a história é sobre dois palhaços que vivem no interior de Minas Gerais, o Benjamin e o Valdemar. Benjamin é filho de Valdemar e está passando por um momento de crise de existência e crise artística, achando que não consegue mais fazer as pessoas rirem.
SÓ PELO TRAILER JÁ DÁ MUITA VONTADE DE ASSISTIR!!!
VAMOS AGUARDAR A ESTRÉIA!
Enquanto isso!para quem quiser dar uma olhada no trailer tá ai:

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pesquisa do blog é Premiada!

Pesquisa "Uma estória que precisa ser contada!A migração de artistas circenses por um viés cultural e econômico" -Ganha prêmio de melhor pesquisa da área de Ciências Sociais Aplicadas - V JIT (Jornada interna de Inciação Científica).

terça-feira, 24 de maio de 2011

Espetáculo "Passos"


Ainda não fui assistir!Irei essa semana sem falta!mas como a temporada e bem curtinha,estou aqui divulgando o trabalho do pessoal do Crescer e Viver!

Em seu quarto espetáculo, o CRESCER E VIVER se inspira no holandês Escher para brincar com as diferentes formas de caminhar

PASSOS, o novo espetáculo que o CRESCER E VIVER apresenta ao público desde sexta (29/4), nasceu de uma caminhada nada linear. Os 12 artistas que assumem o picadeiro trazem atrás de si uma história de reviravoltas, experimentações e recomeços, que envolvem desde a mudança de diretor até a criação de aparelhos inéditos, passando pela concepção coletiva de personagens. Uma caminhada que, por isso mesmo, tem sido encarada pela companhia como a prova de sua maturidade estética.

Tudo começou há cerca de 3 anos, pouco antes da estreia do elogiado BAIÃO - a homengem do circo à Luiz Gonzaga. Na época, a coordenação da trupe decidiu que a sua montagem seguinte deveria assumir de vez uma das principais premissas da companhia: a de que é preciso reinventar a estética da atividade circense. “Nos sentimos maduros para apresentar um espetáculo que selasse um salto qualitativo na história do grupo”, explica o coordenador Junior Perim. Para tanto, convidaram o acrobata e coreógrafo italiano Roberto Magro, diretor artístico da FLIC - Scuola di Circo, de Turin, para desenvolver a nova montagem.

Conhecido no mundo todo pelos seus processos inovadores de criação, que abrangem não só o circo, mas também a dança, o teatro e artes afins, Roberto Magro só pôde passar uma temporada no Rio em 2010. Mas, quatro meses depois – com parte do espetáculo já definido -, o grupo teve de mudar de endereço, o que interrompeu o processo. Roberto Magro voltou à Europa, e o CRESCER E VIVER teve de convidar outro diretor para assumir a montagem. O eleito foi Cláudio Baltar, da Intrépida Trupe, que hoje assina o PASSOS.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Resultados!

Após a aplicação de questionários obtivemos o seguinte resultado:
(n=18)










Primeiramente pode-se concluir que a densidade e a diversidade de dados que esta pesquisa coletou fazem dela uma fonte de referência sobre o tema circo, o que deve ser solidificado com as respostas dos questionários, com a ampliação da coleta dos depoimentos e com o blog .

Apesar da dificuldade de se sistematizar objetos tão variados, como as estórias dos artistas de circo, a fim de se obter um conhecimento de valor científico, a pesquisa mostrou que muitas vezes um produto cultural popular tradicional, como neste caso o circo, pode ser deixado de lado pela simples necessidade de se obter condições mínimas de sobrevivência.

Proposta Atual

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A proposta atual da pesquisa é registrar histórias orais dos artistas circenses, aqui chamadas de estórias¹, pois são contadas e recontadas de acordo com os olhos do próprio artista e não foram analisadas e estruturadas ainda por um viés acadêmico.

¹A palavra “estória” foi adotada na tentativa de diferenciar os contos infantis, ou de outra natureza, dos fatos tidos como reais. Caracterizar o que não era real, o produto da fantasia, da imaginação. Essa diferenciação não existe no nosso idioma. "Estória", na realidade é um sinônimo de "História" e havia caído em desuso. Resgate do sentido da palavra estória de caracterizar o conto, a ficção ou o imaginário; uma história que fica a margem da sociedade e da academia.




Se você quiser colaborar contando sua história ou estória!
Mande e-mail para sluchem.cherem@gmail.com

terça-feira, 17 de maio de 2011

Indicação Bibliográfica






  • ALMEIDA, Luiz Guilherme. Ritual, Risco e Arte Circense. Brasília: UNB, 2008.
  • AVANZI, Roger e TAMAOKI, Verônica. Circo Nerino. São Paulo: Editora Codex e Pindorama Circus, 2004.
  • BOLOGNESI, Mário Fernando. Palhaços. São Paulo: Editora Unesp, 2003.
  • BORTOLETO, Marco A. C. (Org.). Introdução a pedagogia das atividades circenses. Jundiaí: Editora Fontoura, 2008.
  • CASTRO, Alice Viveiros de. Elogio da Bobagem. Rio de Janeiro: Editora Família Bastos, 2005.
  • COSTA, Cristina. Censura e Comunicação: o circo-teatro na produção cultural paulista de 1930 a 1970. Terceira Margem Editora, 2007. Pesquisa apoiada pela Fapesp realizada no Arquivo Miroel Silveira.
  • QUERUBIM, Marlene. Marketing de Circo. Mogi das Cruzes: Oriom Editora, 2003.
  • SILVA, Ermínia. Circo-Teatro: Benjamim de Oliveira e Teatralidade Circense no Brasil. Editora Altana. 
  • SILVA, Ermínia. O Circo: Sua Arte, Seus Saberes: O Circo no Brasil no Final do Século XIX e Meados do Século XX. 1996. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas - Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
  • TAMAOKI, Verônica. O ghost do Circo. São Paulo: Massao Ohno e Robson Breviglieri Editores, 1999.
  • TORRES, Antonio. Circo no Brasil. 1.ed.  Editora Atração livros, 1998. (Coleção História Visual)

Embasamento Histórico

 Para descobrir o principal objetivo da pesquisa que é saber se a migração de artistas circenses é feita pelo viés cultural ou econômico, ou por ambos, torna-se necessário também explorar um pouco da imigração no Brasil e da história do circo.
As imigrações deixaram fortes marcas demográficas, culturais, sociais e economias no Brasil. Em linhas gerais, são consideradas imigrantes, as pessoas que entraram no país após 1822, ano da independência, antes esses indivíduos eram considerados colonizadores. Até 1870, os imigrantes não excediam três mil indivíduos por ano e tinha como origem Portugal, Espanha e Alemanha. Inicialmente, o crescimento da imigração tem como causa o fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil, numa segunda etapa tem como causa a expansão da economia agrícola, principalmente no período das grandes plantações de café no estado de São Paulo. Cabe ressaltar que a imigração como fonte de mão-de-obra para as fazendas de café, acontece entre o final do século XIX e o início do século XX, com predomínio de italianos e japoneses. Desta forma, levando em conta que de 1872 até o ano 2000 foram cerca de 6 milhões de imigrantes que chegaram ao Brasil, a imigração tem relevância histórica, cultural e econômica, e inegavelmente é a base da formação miscigenada do povo brasileiro e a essência do que é ser brasileiro.
Muitos historiadores relatam apenas a vertente ocidental da história do circo, mas a arte circense já existia na China há quatro mil anos atrás, onde a acrobacia era bastante popular. Na China antiga também ocorria um festival anual de arte circense, origem dos números da corda bamba e do equilíbrio sobre as mãos. Mas foi na Europa, ainda no Império Romano, que o circo ganhou força e se desenvolveu. A importância e a grandiosidade desses espetáculos podem ser atestada pelo Circo Máximo de Roma, construído onde hoje estão as ruínas do Coliseu Romano. Nesta época, o circo consistia em uma área dividida em pista, arquibancada e cavalarias, onde ocorriam corridas de cavalos, combate de gladiadores, duelos entre homens e animais, ou entre animais. Com a queda do Império Romano, os artistas circenses passam a se apresentar nas praças públicas. No fim do século XVIII, há relatos históricos que apontam grupos circenses indo de cidade em cidade, em lombo de burros, fazendo de tudo um pouco em pequenos espetáculos em busca de público e de sustento, algo que demonstra a essência de livre migração destes artistas, bem como sua necessidade retorno financeiro do trabalho artistico. Nessa época, os circos não tinham a mesma organização de hoje com lona, arquibancadas e picadeiro, mas já apresentavam números que permanecem ainda hoje, como engolidores de fogo, truques mágicos e malabarismos.
Troup dos Irmãos Temperani estreando em São Paulo

Nesta mesma época, a documentação histórica aponta grupos circenses no Brasil. Normalmente, companhias formadas por ciganos, expulsos da Península Ibérica que em suas apresentações faziam doma de animais, números de ilusionismo e até teatro de bonecos. Mas o circo moderno só chegou ao país por meio de grandes companhias européias na década de 1830 incentivado pelos ciclos econômicos do café, borracha e cana-de-açúcar. Essas companhias ajudaram a formar as primeiras famílias de circo, realmente famílias com laços consangüíneos. Pai, avô, filho, sobrinhos e netos responsáveis pela infra-estrutura e montagem do circo, bem como pelo espetáculo. Essas companhias mantidos os números clássicos europeus, como o engolidor de fogo ou o a corda bamba, entretanto foram criadas novas atrações que enquadravam à cultura do povo brasileiro. O fim do século XIX é considerado a fase de ouro do circo no Brasil.

 
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