quarta-feira, 30 de novembro de 2011

VEM AÍ!!! Anjos do Picadeiro 2011!!!





Anjos do Picadeiro – o maior encontro internacional de palhaços produzido desde 1996 pelo Grupo Carioca Teatro de Anônimo, em iniciativa independente para comemorar seus dez anos de atividade. O encontro nasceu da necessidade de aprofundar a investigação sobre a arte de fazer rir, em especial a arte do palhaço, e de criar uma rede de intercâmbio e troca entre os sujeitos protagonistas do fazer circense, independente de escola ou tradição, transformando-se, ao longo dos anos, em um espaço de intercâmbio, reciclagem e qualificação profissional.
O Anjos do Picadeiro hoje em dia simboliza uma grande rede de intercambio, ultrapassando os dias do encontro. Gera desdobramentos no decorrer do ano, encontros entre mestres e jovens artistas, parcerias, oportunidades de trabalho; fóruns de discussões; publicações e por aí em diante. É um espaço democrático para a troca de idéias e construção coletiva, informações, reflexões e confrontações, além
de representar também um lugar de formação e qualificação profissional.

“Falar em rede é falar das inúmeras parcerias construídas ao longo dos anos de existência do encontro.”

João Carlos Artigos
Mais informações : http://www.anjosdopicadeiro.com.br/
PARTICIPEM!!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Noites de Parangolé - ÚLTIMA EDIÇÃO de 2011!!!





ÚLTIMA EDIÇÃO de 2011!!!




Artistas convidados:


- Duo Moralis

- Circo Dux


- Carol Cony


- Teatro de Anônimo


- Raquel Theo e René Carvalho


- Luciana Belchior e Dani Piveta


- Celeste Mondozi e Ezzie Shane


- Geraldo Junior e Terreirada Cearense


- DJ Caco



Quinta-Feira, dia 10/11/2011, a partir de 20h.


Local: Pavilhão Teatro de Anônimo


Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro

Ingresso: 40,00 (inteira), 20 (meia, 1kg de alimento), 15 



(lista amiga).

A confirmação neste evento não garante a entrada, pedimos



que cheguem cedo. A casa está sujeita à lotação. 

Contato: anonimo@teatrodeanonimo.com.br

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Teatro Dulcina recebe diretora e atores do Théâtre du Soleil!

O encontro, com distribuição de senhas para o público, será sobre o processo de trabalho da companhia e o novo espetáculo Os Náufragos da Louca Esperança.


Pela primeira vez no Rio de Janeiro, uma das maiores companhias de teatro do mundo, a francesa Théâtre du Soleil, desembarca, no dia 11 de novembro, no Teatro Dulcina, da Funarte. Ariane Mnouchkine, que comanda a trupe, e os atores da companhia têm um encontro marcado com o público, das 10 às 12h. A palestra será sobre o processo de trabalho do grupo e o mais recente espetáculo Os Náufragos da Louca Esperança. A entrada é gratuita e a distribuição de senhas será feita no mesmo dia, a partir das 8h. O Teatro Dulcina fica na rua Alcindo Guanabara, 17, no Centro, e tem capacidade para 429 pessoas.
Em turnê pelo Brasil, Os Náufragos da Louca Esperança é baseado no romance póstumo de Júlio Verne Os Náufragos do Jonathan, que relata a edificação no Cabo Horn, ao extremo sul do Chile, de uma pequena sociedade, pelos sobreviventes de um naufrágio. Os náufragos têm a esperança de construir no lugar uma sociedade mais justa. Os lemas da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade são discutidos na peça. A turnê do espetáculo começou por São Paulo (5 a 23 de outubro), passa pelo Rio (8 a 19 de novembro) e, depois, segue para Porto Alegre (5 a 11 de dezembro).
Théâtre du SoleilFoi fundado em 1964 por Ariane Mnouchkine e alguns colegas da Universidade de Sorbonne, como uma Sociedade Cooperativa Operária de Produção, ou seja, uma empresa baseada na associação voluntária de artistas e técnicos e gerida coletivamente. Em atividade ininterrupta há 43 anos, o Théâtre du Soleil é uma das últimas companhias ainda existentes na Europa a funcionar desse modo. O percurso da companhia é marcado por uma interrogação constante sobre o papel, o lugar do teatro e sua capacidade de representar a época atual.
Encontro com Ariane Mnouchkine e atores do Soleil
11 de novembro (sexta), das 10h às 12h
Local: Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro
Lotação: 429 lugares
Entrada gratuita (distribuição de senhas, no mesmo dia, a partir das 8h)

Fonte:http://www.funarte.gov.br/teatro/teatro-dulcina-recebe-diretora-e-atores-do-theatre-du-soleil/

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Prêmio Funarte/Petrobras Carequinha de Estímulo ao Circo 2011

sobre o edital

INSCRIÇÕES ATÉ 29 DE SETEMBRO
Circos, companhias, empresas, trupes ou grupos ou artistas circenses de todo o Brasil podem se inscrever no Prêmio Funarte/Petrobras Carequinha de Estímulo ao Circo 2011. O edital do programa foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (15). O Carequinha oferece recursos financeiros a projetos de artes circenses. O programa é realizado pela Fundação Nacional de Artes, em parceria com a Associação Cultural Funarte e a Petrobras.
AVISO DE RETIFICAÇÃOO edital do Prêmio Funarte/Petrobras Carequinha 2011 foi retificado, por erro de digitação: na segunda coluna (Valor bruto) do módulo E (Pesquisa) o valor correto é deR$ 30 mil reais e não como publicado anteriormente, R$ 25 mil reais. A Funarte já publicou esta retificação no Diário Oficial da União de sexta-feira, 19 de agosto de 2011.
MÓDULOSO projeto poderá ser inscrito em um dos sete módulos seguintes:
- Circo itinerante – destina-se a aquisição de lonas, equipamentos, e espetáculos
- Artista independente (solo ou dupla) – para projetos de experimentação além de criação ou renovação de números
- Trupes e grupos – destinado a espetáculos de repertório ou inéditos, e ainda a projetos de criação ou experimentação de aparelhos
- Formação – visa a apoiar a escolas de circo e a projetos de formação, voltados para transformação social e construção de cidadania
- Pesquisa – para projetos produção de textos, levantamento iconográfico ou audiovisual, registro, documentação, organização de acervos, publicações bibliotecas sobre circo
- Mérito artístico – destina-se a artistas que contribuíram para o desenvolvimento e divulgação da arte circense
- Eventos – destinado a mostras, festivais, seminários, debates, encontros e exposições
Os projetos inscritos serão analisados por uma comissão de seleção, composta por sete membros. As diretrizes de análise são: excelência artística do projeto; qualificação dos profissionais envolvidos; e viabilidade prática do projeto. A comissão de Seleção pode, a partir destas diretrizes, estabelecer critérios de avaliação, específicos para o edital.
O material para inscrição deve ser enviado pelo correio, até o dia 29 de setembro de 2011.
Acesse o edital e a ficha de inscrição ao lado
Mais informações
E-mail: circo.funarte@gmail.com
Telefone: (21) 2279-8034
http://www.funarte.gov.br/edital/premio-funartepetrobrascarequinha-de-estimulo-ao-circo-2011/

domingo, 31 de julho de 2011

domingo, 26 de junho de 2011

O SENTIDO DA VIDA


DICA: Única apresentação! Com participação especial de Thalma de Freitas e músicos do Orquestrário. E o melhor a entrada é só 1Kg de alimento não perecível! 

terça-feira, 7 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Boa Praça tem Seminários!

Em junho na programação do Boa Praça tem Seminários:

UNIRIO
Av. Pasteur, 296, Urca

Mesa A
Arquitetura da Cidade
Espaços públicos para fruição artística e Ordem Pública e livre acesso da cultura.
13 de junho às 19h

Mesa B
Economias criativas no espaço público e Linguagem artística de rua
Exemplos e experimentações
27 de junho às 19h

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Filme "O Palhaço"

Filme O Palhaço  é uma comédia dramática com direção de Selton Mello e participação do próprio Selton Mello como protagonista e outros atores como Paulo José, Teuda Bara, Fabiana Karla.
Com produção de Vânia Catani, a história é sobre dois palhaços que vivem no interior de Minas Gerais, o Benjamin e o Valdemar. Benjamin é filho de Valdemar e está passando por um momento de crise de existência e crise artística, achando que não consegue mais fazer as pessoas rirem.
SÓ PELO TRAILER JÁ DÁ MUITA VONTADE DE ASSISTIR!!!
VAMOS AGUARDAR A ESTRÉIA!
Enquanto isso!para quem quiser dar uma olhada no trailer tá ai:

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pesquisa do blog é Premiada!

Pesquisa "Uma estória que precisa ser contada!A migração de artistas circenses por um viés cultural e econômico" -Ganha prêmio de melhor pesquisa da área de Ciências Sociais Aplicadas - V JIT (Jornada interna de Inciação Científica).

terça-feira, 24 de maio de 2011

Espetáculo "Passos"


Ainda não fui assistir!Irei essa semana sem falta!mas como a temporada e bem curtinha,estou aqui divulgando o trabalho do pessoal do Crescer e Viver!

Em seu quarto espetáculo, o CRESCER E VIVER se inspira no holandês Escher para brincar com as diferentes formas de caminhar

PASSOS, o novo espetáculo que o CRESCER E VIVER apresenta ao público desde sexta (29/4), nasceu de uma caminhada nada linear. Os 12 artistas que assumem o picadeiro trazem atrás de si uma história de reviravoltas, experimentações e recomeços, que envolvem desde a mudança de diretor até a criação de aparelhos inéditos, passando pela concepção coletiva de personagens. Uma caminhada que, por isso mesmo, tem sido encarada pela companhia como a prova de sua maturidade estética.

Tudo começou há cerca de 3 anos, pouco antes da estreia do elogiado BAIÃO - a homengem do circo à Luiz Gonzaga. Na época, a coordenação da trupe decidiu que a sua montagem seguinte deveria assumir de vez uma das principais premissas da companhia: a de que é preciso reinventar a estética da atividade circense. “Nos sentimos maduros para apresentar um espetáculo que selasse um salto qualitativo na história do grupo”, explica o coordenador Junior Perim. Para tanto, convidaram o acrobata e coreógrafo italiano Roberto Magro, diretor artístico da FLIC - Scuola di Circo, de Turin, para desenvolver a nova montagem.

Conhecido no mundo todo pelos seus processos inovadores de criação, que abrangem não só o circo, mas também a dança, o teatro e artes afins, Roberto Magro só pôde passar uma temporada no Rio em 2010. Mas, quatro meses depois – com parte do espetáculo já definido -, o grupo teve de mudar de endereço, o que interrompeu o processo. Roberto Magro voltou à Europa, e o CRESCER E VIVER teve de convidar outro diretor para assumir a montagem. O eleito foi Cláudio Baltar, da Intrépida Trupe, que hoje assina o PASSOS.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Resultados!

Após a aplicação de questionários obtivemos o seguinte resultado:
(n=18)










Primeiramente pode-se concluir que a densidade e a diversidade de dados que esta pesquisa coletou fazem dela uma fonte de referência sobre o tema circo, o que deve ser solidificado com as respostas dos questionários, com a ampliação da coleta dos depoimentos e com o blog .

Apesar da dificuldade de se sistematizar objetos tão variados, como as estórias dos artistas de circo, a fim de se obter um conhecimento de valor científico, a pesquisa mostrou que muitas vezes um produto cultural popular tradicional, como neste caso o circo, pode ser deixado de lado pela simples necessidade de se obter condições mínimas de sobrevivência.

Proposta Atual

-
A proposta atual da pesquisa é registrar histórias orais dos artistas circenses, aqui chamadas de estórias¹, pois são contadas e recontadas de acordo com os olhos do próprio artista e não foram analisadas e estruturadas ainda por um viés acadêmico.

¹A palavra “estória” foi adotada na tentativa de diferenciar os contos infantis, ou de outra natureza, dos fatos tidos como reais. Caracterizar o que não era real, o produto da fantasia, da imaginação. Essa diferenciação não existe no nosso idioma. "Estória", na realidade é um sinônimo de "História" e havia caído em desuso. Resgate do sentido da palavra estória de caracterizar o conto, a ficção ou o imaginário; uma história que fica a margem da sociedade e da academia.




Se você quiser colaborar contando sua história ou estória!
Mande e-mail para sluchem.cherem@gmail.com

terça-feira, 17 de maio de 2011

Indicação Bibliográfica






  • ALMEIDA, Luiz Guilherme. Ritual, Risco e Arte Circense. Brasília: UNB, 2008.
  • AVANZI, Roger e TAMAOKI, Verônica. Circo Nerino. São Paulo: Editora Codex e Pindorama Circus, 2004.
  • BOLOGNESI, Mário Fernando. Palhaços. São Paulo: Editora Unesp, 2003.
  • BORTOLETO, Marco A. C. (Org.). Introdução a pedagogia das atividades circenses. Jundiaí: Editora Fontoura, 2008.
  • CASTRO, Alice Viveiros de. Elogio da Bobagem. Rio de Janeiro: Editora Família Bastos, 2005.
  • COSTA, Cristina. Censura e Comunicação: o circo-teatro na produção cultural paulista de 1930 a 1970. Terceira Margem Editora, 2007. Pesquisa apoiada pela Fapesp realizada no Arquivo Miroel Silveira.
  • QUERUBIM, Marlene. Marketing de Circo. Mogi das Cruzes: Oriom Editora, 2003.
  • SILVA, Ermínia. Circo-Teatro: Benjamim de Oliveira e Teatralidade Circense no Brasil. Editora Altana. 
  • SILVA, Ermínia. O Circo: Sua Arte, Seus Saberes: O Circo no Brasil no Final do Século XIX e Meados do Século XX. 1996. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas - Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
  • TAMAOKI, Verônica. O ghost do Circo. São Paulo: Massao Ohno e Robson Breviglieri Editores, 1999.
  • TORRES, Antonio. Circo no Brasil. 1.ed.  Editora Atração livros, 1998. (Coleção História Visual)

Embasamento Histórico

 Para descobrir o principal objetivo da pesquisa que é saber se a migração de artistas circenses é feita pelo viés cultural ou econômico, ou por ambos, torna-se necessário também explorar um pouco da imigração no Brasil e da história do circo.
As imigrações deixaram fortes marcas demográficas, culturais, sociais e economias no Brasil. Em linhas gerais, são consideradas imigrantes, as pessoas que entraram no país após 1822, ano da independência, antes esses indivíduos eram considerados colonizadores. Até 1870, os imigrantes não excediam três mil indivíduos por ano e tinha como origem Portugal, Espanha e Alemanha. Inicialmente, o crescimento da imigração tem como causa o fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil, numa segunda etapa tem como causa a expansão da economia agrícola, principalmente no período das grandes plantações de café no estado de São Paulo. Cabe ressaltar que a imigração como fonte de mão-de-obra para as fazendas de café, acontece entre o final do século XIX e o início do século XX, com predomínio de italianos e japoneses. Desta forma, levando em conta que de 1872 até o ano 2000 foram cerca de 6 milhões de imigrantes que chegaram ao Brasil, a imigração tem relevância histórica, cultural e econômica, e inegavelmente é a base da formação miscigenada do povo brasileiro e a essência do que é ser brasileiro.
Muitos historiadores relatam apenas a vertente ocidental da história do circo, mas a arte circense já existia na China há quatro mil anos atrás, onde a acrobacia era bastante popular. Na China antiga também ocorria um festival anual de arte circense, origem dos números da corda bamba e do equilíbrio sobre as mãos. Mas foi na Europa, ainda no Império Romano, que o circo ganhou força e se desenvolveu. A importância e a grandiosidade desses espetáculos podem ser atestada pelo Circo Máximo de Roma, construído onde hoje estão as ruínas do Coliseu Romano. Nesta época, o circo consistia em uma área dividida em pista, arquibancada e cavalarias, onde ocorriam corridas de cavalos, combate de gladiadores, duelos entre homens e animais, ou entre animais. Com a queda do Império Romano, os artistas circenses passam a se apresentar nas praças públicas. No fim do século XVIII, há relatos históricos que apontam grupos circenses indo de cidade em cidade, em lombo de burros, fazendo de tudo um pouco em pequenos espetáculos em busca de público e de sustento, algo que demonstra a essência de livre migração destes artistas, bem como sua necessidade retorno financeiro do trabalho artistico. Nessa época, os circos não tinham a mesma organização de hoje com lona, arquibancadas e picadeiro, mas já apresentavam números que permanecem ainda hoje, como engolidores de fogo, truques mágicos e malabarismos.
Troup dos Irmãos Temperani estreando em São Paulo

Nesta mesma época, a documentação histórica aponta grupos circenses no Brasil. Normalmente, companhias formadas por ciganos, expulsos da Península Ibérica que em suas apresentações faziam doma de animais, números de ilusionismo e até teatro de bonecos. Mas o circo moderno só chegou ao país por meio de grandes companhias européias na década de 1830 incentivado pelos ciclos econômicos do café, borracha e cana-de-açúcar. Essas companhias ajudaram a formar as primeiras famílias de circo, realmente famílias com laços consangüíneos. Pai, avô, filho, sobrinhos e netos responsáveis pela infra-estrutura e montagem do circo, bem como pelo espetáculo. Essas companhias mantidos os números clássicos europeus, como o engolidor de fogo ou o a corda bamba, entretanto foram criadas novas atrações que enquadravam à cultura do povo brasileiro. O fim do século XIX é considerado a fase de ouro do circo no Brasil.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Pesquisa



Inicialmente a pesquisa pretendia estudar as motivações, as causas e as consequências da migração de artistas circenses da Europa para o Brasil no início do século XIX, bem como as motivações, causas e conseqüências da atual migração de artistas circenses do Brasil para Europa, num fluxo inverso, levando em conta as restrições impostas aos circos no Brasil e a maior empregabilidade no exterior com a possibilidade de maiores salários. Entretanto, a análise inicial dos fluxos migratórios por meio de entrevistas informais permitiu perceber que a riqueza da pesquisa havia sido deixada de lado no projeto inicial; contar e registrar as histórias pessoais dos artistas de circo tentando sistematiza-las por meio de parâmetros acadêmicos, definitivamente deveria ser um dos pontos principais do trabalho proposto na pesquisa.

Na verdade muito pouco se sabe sobre o dia a dia do circo, das famílias ou dos artistas circenses no Brasil; bem como de seus problemas, dificuldades e por que muitos jovens de família circense tradicional abandonam o picadeiro e parte em busca de novas oportunidades, levando na bagagem tudo aquilo que aprendeu profissio-nalmente em seu núcleo familiar. Em contrapartida, esse núcleo familiar que perde seus descendentes tem seu futuro circense comprometido. Como a história e a cultura da profissão dos artistas de circo é diretamente relacio-nada com uma identidade cigana de livre migração, ausente de territorialidade ou pertencimento nacional, essa migração dos jovens acontece mais naturalmente do que em outros contextos profissionais. Pode-se sugerir que o grande problema dessas migrações de jovens nos dias de hoje é que a questão econômica se sobrepõe a tradição cultural familiar de viver do circo e para circo, levando histórias familiares de várias gerações a extinção. Não sendo escrita ou documentalizada, seja em livros, mono-grafias ou registros de imagem, grande parte dessa história será perdida ao longo dos anos ou ficará restrita ao núcleo familiar circense que ainda exista.

 
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